25 de jan. de 2011

25 de janeiro, Rio.

Nasceu na Tijuca mas morou mesmo no amor. Não conviveu com o pai e isso lhe trouxe uma certa melancolia que transferiu para suas músicas. Falou de amores acabados, inacabados e nunca realizados. Hoje ele faria 84 anos de vida porque de música não dá pra mensurar. A música dele é eterna, compõe vidas e almas, é essencial. Pensou em ser arquiteto mas construiu lindos arranjos e maravilhosas melodias e letras. Foi o tom de outro grande poeta e compositor, Vinicius de Moraes. Os dois juntos foram a alma da bossa nova, mas nunca esquecendo que outros nomes como João Gilberto, Nara Leão, Elis Regina, Chico Buarque, Toquinho, Edu Lobo, et cetera complementaram a obra-prima deste que é um grande ídolo meu e acho que de muitos brasileiros: Antônio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. Brasileiro que misturou jazz ao samba e mesmo assim cantou o Rio de Janeiro, a mais bela cidade do nosso país e do mundo. Sofisticou sua música para simplificar a vida.

       De todos os tons ele foi a cor do amor. Tom Jobim, o eterno apaixonado.

9 de jan. de 2011

No breve espaço que é a vida.

Eu ainda estou procurando a ilha. Eu sei que o caminho é longo e árduo e sei também que posso nunca encontra-la ou pelo menos morrer achando que não a encontrei quando na verdade ela estava ali, tão dentro e tão fora de mim.
Se isso acontecer quero eu poder voltar para procura-la de novo, quantas vezes forem necessárias. Se eu a encontrar e saber que encontrei quero voltar para poder ter todas essas dúvidas de novo. Há quem diga que não voltamos, mas eu digo que na verdade nunca iremos. Acreditar ou não nisso também é a ilha de cada um, pois a nossa identidade é o nosso refúgio na eternidade do tempo.