11 de nov. de 2010

Cerejê moranguê framboê.

Chorei tantos guardas-chuva nos olhos do meu coração que não tem mais sertão no nosso amor. Pintei tantos morangos de azul turquesa mas nenhum se comparam a sua beleza. Andei nas nuvens quentes do seu abraço e o sol foi embora invejoso. O mar me disse que a força de um desatino é maior que onda afundando barco. Aquele mesmo barco que eu joguei na bacia cheia d'água que a lavadeira lavou as roupas. O barco que eu fiz pra me levar até você, na sua ilha que é diferente da minha, que é diferente da de todo mundo. Todo mundo tem uma ilha, todo mundo é uma ilha*.  Mas eu quero morar na sua, tomar da sua água, comer da sua tangerina e respirar do seu vento. Quero roubar cerejas, esconde-las de você, quero que peça beijos por cada uma encontrada e no final saboreamos a alegria do nosso amor, saboreio a alegria de te ter com camisa vinho e calça quadriculada. Meu vestido de framboesa vou colocar quando a fogueira acender e bailar com você um mambo bonito de ser ver, sandália rasteira branca que eu comprei no brechó perto de casa... longe de casa estou? Não, perto de você estou. Isso é o meu lar.

* Todo mundo é uma ilha - Engenheiros do Hawaii

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Eu digo o que condiz, eu gosto é do estrago.